O que dizem as mãos

17 de fevereiro de 2016 - Pelo ato de leitura das mãos, muitos acreditam ser possível saber o passado, descobrir o futuro e prever problemas em várias áreas da vida. Quanto às previsões, há quem acredite, há quem discorde, mas quando o assunto é saúde, não há discussão. As mãos dão dicas valiosas de como anda o funcionamento do organismo. Segundo a dermatologista Sofia Sales Martins, várias enfermidades de pele, infecções e doenças internas podem apresentar alterações na área. “Essas doenças podem se manifestar com descamações, rachaduras, bolhas, inchaço, feridas, alteração de cor etc.”

Não só problemas dermatológicos como psoríase — doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa — e dermatite atópica — doença inflamatória crônica da pele —, outros males comuns se refletem nas mãos. Exemplos disso são as alterações de circulação, doenças reumatológicas (como artrite, artrose e doença de Raynaud) e doenças de nervos, como a síndrome do túnel do carpo, além de infecções virais ou por fungos.

No terreno psicológico, há uma série de distúrbios que afetam os membros. É o caso da disidrose, doença desencadeada pelo estresse e caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas. Já o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é comumente diagnosticado pelas mãos, que ficam feridas quando o paciente tem o hábito de lavá-las em excesso.

As alterações das unhas também podem indicar problemas de saúde no local ou em outros órgãos. Sabe-se que elas ficam frágeis quando há alterações do metabolismo, como problemas de tireoide e de deficiência de vitaminas. Mas nem todo sinal é motivo de preocupação. De acordo com Sofia Sales, as alterações (bolhas, caroços, coceiras) duradouras são as que merecem atenção médica.

Área de Gestão da Comunicação com informações da Revista do Correio (ano 11. número 559)