8 efeitos que dormir mal à noite causam na sua saúde

22 de maio de 2017 -  A tecnologia está ao nosso lado o dia inteiro. Desde o momento em que se acorda até a hora de deitar, muitas pessoas não conseguem desgrudar o olho de telas de celular, computador, televisão... Mas isso tem um efeito colateral inesperado: dificuldade para dormir. E isso afeta o corpo de várias maneiras.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup nos Estados Unidos, quase 40% da população dorme menos de sete horas por noite. É o seu caso? Confira oito efeitos, listados pelo site Business Insider, de não dormir o suficiente todos os dias:

Gripes e resfriados

Você fica sempre doente. A cada vez que um colega de trabalho aparece fungando pela manhã, você treme só de pensar: vou ficar gripado. Um estudo, publicado no Archives of Internal Medicine em 2009, mostrou que o motivo de ficar doente com frequência tem como uma das causas a falta de sono. Quando um grupo de 153 pessoas foi exposto ao vírus que causa a gripe comum, aqueles que dormiram menos de sete horas por noite nas duas semanas anteriores apresentaram quase três vezes mais chances de ficarem doentes do que os participantes que haviam dormido oito horas ou mais. A qualidade do sono é outro fator que influencia – as pessoas que passaram 92% do período em que estavam na cama efetivamente dormindo tinham 5,5 vezes mais chances de ficar doentes do que as pessoas que dormiam 98% a 100% do período em que estavam deitadas.

Problemas gastrointestinais

Não dormir o suficiente pode piorar os sintomas de doença inflamatória intestinal (DII) e de refluxo ácido e aumenta o risco de desenvolver síndrome inflamatória intestinal. Além disso, as pessoas que sofrem de doença de Crohn têm duas vezes mais chances de terem recaídas quando não dormem o suficiente. Essas descobertas foram publicadas no World Journal of Gastroenterology, em 2013.

Irritabilidade e alterações de humor

Pesquisadores descobriram que interrupções e distrações incomodam mais as pessoas quando elas não dormiram as horas que deveriam à noite. Um grupo de pesquisadores israelenses observou que reclamações de irritabilidade e volatilidade emocional são comuns após noites mal dormidas. O estudo realizado por esse grupo descobriu que os impactos emocionais de eventos disruptivos – como ser interrompido no meio de uma tarefa – são amplificados quando se dorme pouco.

Dores de cabeça e enxaquecas

Você já notou que, após uma noite mal dormida, é comum não só ficar mais irritado, mas também experimentar dores de cabeça? Pesquisadores ainda não sabem exatamente como a privação de sono causa dores de cabeça, mas essa é uma conexão que a medicina conhece há mais de um século. Crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por dormir muito pouco, e entre 36% a 58% das pessoas com apneia do sono acordam com dores de cabeça, segundo estudos publicados na revista científica Headache em 2003 e 2005.

Dificuldade em aprender

A privação de sono interfere em nossa habilidade de lembrar e processor novas informações – o motivo pelo qual vários cientistas recomendam que as aulas nas escolas comecem mais tarde. Um estudo realizado com alunos entre 11 a 14 anos demonstrou que “atrasar o início das aulas em uma hora, das 7:30 para as 8:30, aumenta a média de notas em pelo menos 2 pontos porcentuais em matemática e em um ponto porcentual em leitura”. Estudos nesse sentido foram publicados nas revistas Nature Neuroscience, em 2000, e Education Next, em 2012.

Problemas de visão

Dificuldades em se concentrar no texto? A privação de sono tem relação com problemas como visão dupla, perda de visão periférica, visão obscura. Quanto mais tempo se passa acordado, mais erros visuais a pessoa comete, e maiores as chances de alucinação, segundo estudo publicado no International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health, em 2010.

Ganho de peso

Pessoas que dormem pouco podem apresentar desequilíbrios hormonais que causam cansaço e tendem a aumentar o apetite, a vontade de comer alimentos calóricos e menor capacidade de controlar impulsos. É claro que se gasta mais calorias quando se está acordado do que dormindo, mas não o suficiente para compensar o que se come quando se está exausto. Esse efeito da falta de sono foi documentado nas revistas Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (2012), PLOS Medicine (2004), Nature Communications (2013) e PNAS (2013).

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