O paraíso é logo ali

28 de julho de 2017 -  Que tal dar uma escapadinha da cidade e renovar as energias numa bela cachoeira? Se o Centro-Oeste não tem praia, supera a carência com verdadeiros refúgios que oferecem paisagens belíssimas, pertinho de Brasília. No estado vizinho, Goiás, estão diversos desses locais, que atraem milhares de turistas aventureiros todos anos. Algumas quedas d’água são mais badaladas, mas existem locais belíssimos e pouco conhecidos que valem a pena visitar. Julho, apesar do frio, é o mês mais seguro para aproveitar uma boa cachoeira devido à seca. A ausência de chuva evita as trombas d’água, que são perigosas e corriqueiras no período de chuvas. A proveite o período para unir os dias de folga à segurança e à beleza. Escolha a sua preferida, arrume as malas, não esqueça a câmera fotográfica e boa viagem!

 


De tirar o folêgo

Um dos maiores paraísos ecológicos do país, patrimônio natural mundial, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é um lugar encantador. Localizado a 229 km de Brasília e a 428km de Goiânia, a Chapada abriga inúmeras cachoeiras de tirar o folêgo. É uma excelente opção para quem deseja passar alguns dias em contato com a natureza. Além do caráter ecológico, há muitas histórias e especulações sobre atividades paranormais que, segundo  místicos, ocorrem na região. Por isso, o local atrai curiosos. Antes de ir, é preciso saber que sete municípios fazem parte da reserva ecológica, mas as três principais cidades, cujo turismo  se desenvolveu e mantém infraestrutura com pousadas, hotéis e restaurantes são Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante.

A Chapada é marcada por dois períodos característicos, a seca e as chuvas. Os meses secos do ano, de maio a setembro, são o período mais seguro para visitar o parque, porque não há riscos de trombas d’águas. Além disso, as águas estão mais claras e diversas cachoeiras ficam com a cor azul turquesa. Já no período chuvoso, de outubro a abril, há riscos de trombas d’água e o acesso a algumas cachoeiras fica mais difícil porque é feito por estrada de chão. Mas, apesar dos cuidados que se deve se ter na época da chuva, a natureza continua encantando. As cachoeiras ficam bem volumosas e encorpadas. Não é possível saber o número exato de cachoeiras no parque. O que se sabe é que uma é mais bonita que a outra e que vale a pena conhecê-las. Confira algumas das principais cachoeiras da Chapada dos Veadeiros.
 

Uma trilha para os fortes

Quem deseja unir aventura a belíssimas paisagens, o trekking da Chapada dos Veadeiros é o maior desafio. São 23km que devem ser percorridos em dois dias. A trilha passa por diversas cachoeiras e cenários encatadores do cerrado brasileiro. Para realizar o trekking, é preciso marcar uma data no site www.ecobooking.com.br. O analista ambiental Fernando Rebelo explica que é um passeio muito bonito, mas infelizmente não é  uma caminhada para todos.” É preciso ter muito condicionamento físico para fazer a trilha. Por ser muito longa e por ter muita pedra no caminho, não são todas as pessoas que conseguem. Por isso, é preciso estar disposto, mas todo o esforço vale a pena.” A caminhada passa por diversas cachoeiras pequenas e, no fim do dia o visitante deve ficar num acampamento para dormir e seguir viagem no próximo dia. O mês de julho é ideal para fazer o passeio, tendo em vista que não há trombas d’água. É preciso se planejar e agendar a visita com antecedência, pois há um limite de pessoas por dia. O valor é de R$ 18. Para mais informações sobre o trekking, acesse o site do ecobooking e  o Guia do Visitante das Sete Quedas, no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
 

O olhar de quem foi


“Experiência maravilhosa”

“Fiz a reserva pelo site www.ecobooking.com.br com algumas semanas de antecedência. Reservei a travessia de domingo para segunda (16 e 17 de julho). A dica é pagar o boleto de R$18 por pessoa antes de chegar ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Não contratei guia e fui acompanhada do meu namorado. Apesar de ter feito várias trilhas e ido a várias cachoeiras, nunca tinha feito uma de 23km e ainda dormido no meio dela. Os principais pontos positivos são as orientações: a trilha é muito bem sinalizada e facilmente autoguiada, além de tudo ser limpo e bem cuidado. A noite estrelada é o ponto forte, uma visão inesquecível. Os pontos negativos são o tamanho do trajeto e o peso da mochila (tem que levar muita coisa que pesa bastante). Mas todo o esforço vale a pena e faz parte do desafio. A maior desvantagem é que não há serviço para retorno no fim da travessia para São Jorge (você termina a trilha no meio da BR, a cerca de 12km da cidade). Um funcionário do parque me informou que fazia o serviço por fora, mas cobrava R$ 80 para buscar. Achei abusivo o preço cobrado por ele, bem como por outras empresas, tendo em vista que são apenas 12km, por isso preferimos pegar carona de volta para São Jorge e foi bem rápido e tranquilo: isso faz parte da cultura do local. A experiência foi maravilhosa. Bastante cansativa, mas a vista compensou. No primeiro dia, fizemos 17km de caminhada até chegar ao espaço para camping. Há uma parte que cruza o Rio Preto, onde nos abastecemos de água; depois fizemos 8km direto até o camping sem água. A 300m do camping estão as Sete Quedas — muito bonitas e com águas bem limpas. Passar a noite no parque foi bem diferente, sem energia elétrica ou água encanada. Levamos um fogareiro para cozinhar macarrão instantâneo à noite e o banho foi de rio. A noite foi bem fria dentro da barraca. No segundo dia, fizemos 6km de trilha até o fim da travessia (terminamos por volta do meio-dia). Para fazer a trilha, não é preciso ser atleta ou algo do tipo, pois ela é tranquila e não tem grandes dificuldades, porém é necessário ter um condicionamento físico razoável para conseguir fazer os 23km nos dois dias, além de ter condições de carregar a mochila pesada. Recomendo a todos que gostam de aventura e não têm frescuras.”

Marília Mesquita, psicóloga, 26 anos, fez a travessia das Sete Quedas na Chapada dos Veadeiros

 

Arredores de Brasília

» Formosa

Cachoeira Água Fria

A cidade de Formosa, a 80km de Brasília, tem verdadeiros paraísos naturais. A Cachoeira Água Fria é um deles. Imponente, com uma gigantesca queda d’água e toda esverdeada, é ideal para quem gosta de aventura. Infelizmente, não é para todos. A cachoeira é de difícil acesso e, para visitá-la, é preciso muito preparo físico. É imperativo que a visita seja acompanhada por um guia local.


» Tesouros da natureza
A 320km de distância da capital federal, o município de Mambaí é um recanto quase desconhecido dos brasilienses. A cidade é tomada por cachoeiras, lagos, cânions e lindas cavernas. Confira aqui: 


Poço Azul de Mambaí
Para chegar e se incorporar ao cenário deslumbrante, não é tão simples. A trilha é de um grau maior de dificuldade. O poço de água azul turquesa fica no meio da mata ciliar, que é característica da Floresta Amazônica.


Cachoeira do Funil
Localizada a 6km do centro, a cachoeira do Funil é espetacular. A trilha de acesso é fácil e a paisagem é ímpar. Durante todo o ano, a queda d’água é muito volumosa e você pode praticar rapel por lá.


Cachoeira Paraíso do Cerrado
A 32km do centro, há um refúgio. A cachoeira faz jus ao nome: é o verdadeiro Éden e merece ser conhecido por muita gente. A trilha é de fácil acesso, ideal para toda a família.

 

Salto do Itiquira
» Eleita a segunda maravilha de Goiás por voto popular, o Salto do Itiquira conta com boa infraestrutura para o turista, com alimentação, hospedagem e diversas opções de lazer. Há até clube aquático. Localizada em Formosa, a 120km de Brasília, é uma excelente opção para curtir com a família.
» Valor: R$ 10 (referente à entrada na cachoeira. Outros serviços são cobrados individualmente)
» Funcionamento: todos os dias, das 8h às 16h
» Endereço: Rod GO -440, Km 32, Formosa, Goiás


Salto Corumbá
» O Salto Corumbá é ideal para os aventureiros e muito procurado pelos brasilienses. As sete cachoeiras, poços, lagos e grutas que fazem parte do complexo podem ser curtidos de diferentes formas. Bóia Cross, rapel, tirolesa e cavalgada são alguns dos esportes que o visitante pode praticar. Tudo isso fica a apenas 110km de Brasília. Ideal para um bate e volta.
» Funcionamento: todos os dias, das 8h às 18h
» Endereço:  km 383 Zona Rural, BR- 414, Corumbá de Goiás


Poço Azul, Formosa
» Sem dúvida, uma das paisagens naturais mais belas perto da capital. 
O Poço azul, ou lagoa azul, é um verdadeiro oásis no meio do cerrado. A água azul turquesa é o charme do local. Localizada a 150km  de Brasília, é ideal para curtir com família e amigos. A dica é chegar por volta do meio-dia e em dias com menos movimento, porque assim vai ser possível ver a água no mais belo tom.
» Funcionamento: todos os dias, das 6h às 19h
» Endereço: Distrito Bezerra 35 km | GO-346, Formosa - Goiás.


Poço Azul, Brazlândia
» A 50km do Plano Piloto, o complexo com três cachoeiras é ideal para quem não quer pegar estrada. Durante as horas mais fortes do sol, a água fica clarinha, deixando o visual ainda mais bonito. Há opção de camping pernoite .
» Valor: R$ 8
» Funcionamento: todos os dias, das 8h às 18h
» Endereço: saindo de Brasilia, pegar a saída Norte até o Balão de Colorado, seguir pela DF-001 em direção a Brazlândia, abaixo do assentamento Morado dos Pássaros, Região Administrativa de Brazlândia/DF.
 

Fique ligado
Para obter informações sobre cada cachoeira, como valor e horário de funcionamento, entre em contato com o CAT da cidade: (62) 3481-1251

Área de Gestão da Comunicação com informações do Correio Braziliense