Conheça casas de cultura em várias regiões administrativas do DF

3 de outubro de 2017 - Enquanto grandes centros culturais do Plano Piloto, como o Teatro Nacional, sucumbem com o descaso do poder público, grupos independentes provam, nas regiões administrativas, que a cultura no Distrito Federal está mais viva do que nunca e é capaz de transformar. Sem tanto alarde e invisíveis para muitos, casas de cultura em Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião, Planaltina e Gama oferecem diversas atividades para a população. 

A maioria dos espaços está localizada em regiões em que a escolaridade ainda é baixa e as opções de lazer são escassas e restritas.

O cenário é diverso. Teatro, literatura, música, grafite, entre outras expressões artísticas, fazem parte dos projetos apresentados pela série. A realidade das regiões administrativas transforma a luta pela cultura também em trabalho social e chega a abordar temas latentes, como o feminismo e a cultura negra.

A luta para manter esses espaços em atividade é grande, contaram os idealizadores. Há até grupos que recebem apoio do poder público (como o Jovem de Expressão, em Ceilândia), mas isso é exceção. A maioria dos espaços sobrevive das próprias atividades e de ajuda da população das regiões.

Jovem de expressão (Ceilândia)

Situado na Praça do Trabalhador, em Ceilândia Norte, o projeto leva cultura e empreendedorismo aos jovens da cidade, com aulas de dança, informática, audiovisual, música e outras oficinas. Fundado em 2007, o projeto abre a série de reportagens especiais. Leia aqui.

Casa Frida (São Sebastião)

Espaço de resistência feminista, acolhimento e promoção de cultura e educação. O símbolo do projeto é a artista mexicana Frida Kahlo. O foco do local, criado há dois anos, é oferecer atividades culturais, sociais e políticas para a população. Leia aqui.

Espaço Imaginário Cultural (Samambaia)

O Espaço Imaginário conta com sala de ensaios, escritório, mesas de reunião ao ar livre, área para oficinas de artes. O projeto busca abrir espaço para a população de Samambaia e para os artistas da região, dialogando com diversas formas de expressão artística. Leia aqui.

Pólvora Galeria (Gama)

Criado há cerca de quatro meses por um grupo de jovens artistas com a ideia de incentivar a produção autoral e misturar diversas linguagens, o espaço apostou na cena teatral que se concentra no Gama e no trabalho de criação e circulação feito pelos artistas da cidade. Leia aqui.

Espaço Cultural Ubuntu (Recanto das Emas)

Lançado em setembro de 2016, o Espaço Cultural Ubuntu é um ponto de encontro da juventude do Recanto das Emas, com atividades culturais, políticas e sociais. Leia aqui.

Mercado Sul (Taguatinga)

Em Taguatinga, o Mercado Sul (antes malvisto por ser espaço de tráfico de drogas e prostituição) se transformou em um dos principais pontos de resistência na cultura do DF. Leia aqui.

Casa de Cultura Carlos Marighella (Planaltina)

Sem espaço físico, Casa de Cultura Carlos Marighella luta por levar arte até a população da estância Mestre D’Armas, em Planaltina. Leia aqui.