Viagem no tempo: muita coisa mudou na aviação comercial brasileira, vamos relembrar?

Por Giovanna Lopes

1° de março de 2018 – A aviação comercial brasileira completou, no ano passado, 90 anos e de lá para cá muita coisa mudou. Quem aí lembra das refeições que eram mais completas, como o almoço e jantar? Os talheres de metais, os guardanapos de tecido com o nome da companhia bordado, as bebidas alcoólicas, poltronas mais espaçosas, a tripulação elegante e o capricho que os passageiros tinham para se vestir como se fossem a um evento. E quem disse que o vôo não era um evento? Além do destino, a viagem de avião também era um destaque.

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Anúncio do final da década de 20. Foto: Divulgação

“Viajava tranquilamente, sem estresse, adorava sentar na janela para curtir a paisagem, era bem servido”, conta o colaborador Edejofre Fernandes.

Eder, como é conhecido entre os colegas, viajou muito na antiga Transbrasil, Varig, Vasp e pela Brasil Central Linhas Aéreas. Depois de ter viajado bastante de avião, hoje ele prefere viajar de carro. “Depois de ter passado por alguns apuros em vôos, hoje dou preferência em fazer viagens por vias terrestres”, conta.

 

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A fusão Varig-Cruzeiro veiculada na mídia nacional. Foto: Divulgação

Euzelina Sousa também é da turma que tem receio de andar de avião. Mas a colaboradora disse que nunca gostou, desde a primeira vez que viajou.

“Fico uns três dias antes da viagem ansiosa por causa do vôo. E durante a viagem não vou ao banheiro, não consigo dormir mesmo tomando remédio, suo frio, rezo, não viajo na janela, peço para não abrirem a cortina, fico apavorada com turbulências e se tiver alguém conhecido ao meu lado vou segurando a mão da pessoa”, explica Euzelina.

Gustavo Nacif, da TI, já é da turma que gosta de viajar de avião. “Não tenho nenhum trauma em viajar de avião, só o de não ter viajado antes. Viajei a primeira vez à trabalho com 28 anos”, relatou Gustavo. E completou: “Minha filha mais velha viajou com menos de um ano, isso mostra como viajar de avião com a família ficou mais acessível”, conta.

Gustavo também falou das facilidades tecnológicas que hoje as viagens aéreas possuem. “Hoje temos internet e televisão nos vôos, podemos fazer o check-in antes de chegar ao aeroporto o que nos ajuda a evitar as enormes filas, entre outras vantagens”, relatou Gustavo Nacif.


Saiba mais: 90 anos da aviação comercial brasileira

 

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O Dornier Wal P-BAAA Atlantico foi a primeira aeronave comercial matriculada no Brasil. Foto: Divulgação.

“Elas, de vestidos. Eles, de paletó e gravata. Era uma verdadeira festa à luz do dia. Com direito a anúncios em praça pública, notícia no jornal e foto entre desconhecidos. Desfrutariam juntos de um momento incomum, uma experiência que os colocaria em uma mesma página, mas inesquecível. Não faltavam os chapéus, como uma regra de vestimenta para todos que marcariam presença ao evento. As abas protegiam o olhar que era ofuscado pelo sol à beira do rio. Os sapatos ficavam cobertos de areia, mas era por um “bom motivo”. Aliás, a roupa da festa ficaria suada naquele calor. Quem conhece o verão gaúcho de mais de 35 graus Celsius sabe bem o quanto esquenta. Tudo valeria à pena. Era 1927. Lá vinha o pássaro de aço. Nas mãos, o ingresso que tinha custado o equivalente a cerca de US$ 40 da época, por um trajeto de 270 quilômetros, a 150 quilômetros por hora a 50 metros de altura. Oito assentos para o espetáculo. Viajariam de avião. E passariam a ser personagens da história da aviação comercial no Brasil que completou, em 2017, 90 anos”. 

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Imagem: Divulgação

Este trecho faz parte do especial que a EBC produziu sobre os 90 anos da aviação comercial brasileira. Além das referências históricas, o material jornalístico conta com depoimentos de pesquisadores do assunto. Vale muito à pena a leitura. Basta clicar aqui: http://www.ebc.com.br/especiais/90anosaviacaoBR

 

Assessoria de Comunicação do CFMV