Os livros que você deve ler em 2018, segundo professores de Harvard

12 de março de 2018 -  Literatura russa, história sobre um fim (temporário) das guerras, economia e novas formas de educação diante do avanço da inteligência artificial. Estes são alguns dos temas dos livros que você deve ler neste ano, segundo professores de Harvard consultados pelo site Business Insider. Questionados sobre qual livro indicariam a seus alunos, os professores citaram obras diversas - entre clássicos, livro de dois séculos atrás e lançamentos. Independente do tema, oferecem boas lições para os dilemas que enfrentamos atualmente nos negócios e na sociedade. Confira abaixo cinco indicações: 

Anna Kariênina -  Liev Tolstói
 

LivroFoto: Divulgação Livraria Cultura

A professora de história econômica Claudia Goldin indica que as pessoas leiam o clássico russo Anna Kariênina em 2018. "Estou relendo este livro. Não há narrativa melhor sobre como as mulheres são ignoradas, oprimidas e têm baixo respaldo jurídico. As mulheres carregam a sociedade e oferecem a salvação - mesmo que os padres levem todos os créditos", disse a professora que lançará em breve o livro Women Working Longer: Increased Employment at Older Ages ["Mulheres trabalhando por mais tempo: aumentando o emprego nas idades mais avançadas", em tradução livre]. Claudia afirma que a obra de Tolstói, publicada pela primeira vez em 1877, continua atual e relevante nos dias de hoje. "Em paralelo à narrativa principal, também oferece um aprendizado sobre mudanças técnicas na agricultura e como foi incentivar agricultores a adotar essas mudanças", disse Claudia. 

"The Internationalists" - Oona Hathaway e Scott Shapiro 

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O professor de psicologia de Harvard e finalista do Pulitzer com o livro Como a Mente Funciona, Steven Pinker recomenda o livro The Internactionalists, publicado no ano passado. A obra, escrita pelos estudiosos jurídicos Oona Hathaway e Scott Shapiro, analisa os fatores que envolveram a criação do Pacto Kellogg-Briand, também conhecido como Pacto de Paris, tratado internacional assinado em 1928 que "renunciava a guerra como instrumento de política nacional". Foi a primeira vez que a guerra se tornou juridicamente ilegal. O livro narra o "mundo brutal" que o Pacto de Paz ajudou a extinguir e as tarifas e sanções que vieram no lugar de tanques e armas, segundo descrição publicada na Amazon. "O livro apresenta uma visão panorâmica da cena internacional e alguns aspectos da análise são úteis para desenvolvimentos atuais e recentes da história". 

"Just Mercy" - Bryan Stevenson 

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O professor de literatura inglesa, vencedor do Pulitzer (com The Swerve: How the World Became Modern), recomenda a leitura neste ano de Just Mercy , livro de Bryan Stevenson lançado em 2014. A obra relata a vida de um jovem e idealista advogado e sua luta pela busca daquilo que acredita ser a "verdadeira justiça". 

"Teoria dos sentimentos morais" -  Adam Smith

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O economista Eric Maskin, Nobel em 2007, e autor de The Arrow Impossibility Theorem recomenda a leitura do livro Teoria dos Sentimentos Morais, de Adam Smith. "Todo estudante de economia conhece o seu sucessor Riqueza das Nações, mas antes dele, lembre-se do Teoria dos Sentimentos Morais. Esta obra apresenta uma visão sobre a natureza humana de forma muito mais rica e detalhada que o seu sucessor".

"Robot-Proof: Higher Education in the Age of Artificial Intelligence" -  Joseph Aoun

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 O professor de química orgância, EJ Corey, vencedor do Nobel em 1990, e autor de Molecules and Medicine recomenda a leitura do livro lançado em setembro de 2017 Robot-Proof: Higher Education in the Age of Artificial Intelligence ("À prova de robô: educação em temos de inteligência artificial", em tradução livre, sem edição no Brasil). A obra fala sobre transformações necessárias na educação superior diante do impacto da inteligência artificial nos negócios e sociedade. O grande questionamento do livro perpassa a pergunta: como a educação superior pode preparar os alunos para suas vidas profissionais quando as próprias profissões estão desaparecendo? Joseph Aoun esboça alguns palpites para um novo modelo de aprendizado. 

Assessoria de Comunicação do CFMV com informações da Época Negócios